segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Passinho da Ponte Sêca


Foto : Edgar de Cerqueira Falcão

                                                                                   Por Beli Nobrega


Jair, em 1967, restaura o Passo da Ponte Seca, em Ouro Preto.
Encontramos em seus papéis um pequeno texto, datado de 1967, 
em que Jair diz:
“...Pois bem, se lá pelos velhos
continentes estão gastando milhões para salvar
seus monumentos, aqui não precisamos salvar
“cousa” nenhuma, basta que conservemos o
que possuímos. Devemos gostar de Ouro Preto
como estimamos a nossa velha mãe que,
estando engelhada e encanecida, olhos
profundos e recurvada, não lhe pintamos os
cílios, as sobrancelhas, nem lhe impomos a
moda de Cardin...”

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Sempre defendeu o patrimônio.


                                                     Sacrário do Pilar                

Por Beli Nóbrega

Existem “causos” interessantes sobre Jair Inácio; 
Os Ouropretanos se orgulham ao contar alguns deles, 
principalmente no que diz respeito às línguas que falava.
Um episódio muito conhecido é o da Igreja do Pilar:
“Jair trabalhava na restauração
do teto da Matriz do Pilar, num dia de semana.
Dois turistas americanos entraram no templo
que, àquela hora da tarde, estava
completamente vazio de visitantes e de fiéis.
Atraídos por tanta riqueza nem repararam
naquele pretinho todo sujo de tinta, lá no alto
de um andaime. E começaram a falar (na
língua deles é claro) sobre a facilidade do furto
de uma daquelas imagens ou mesmo de um
castiçal ou florão. Jair, lá de cima, desconfiado
da intenção dos dois, dirigiu-lhes a palavra no
mais perfeito inglês e lhes disse que a cadeia
local tinha lugar para mais dois!...
Não é preciso falar que os
‘gringos’ trataram logo de sair de cena.”